GUTS

Estava eu, floodando em um fórum random por aí quando me deparo com o seguinte texto.


GUTS
Escrito por Chuck Palahniuk


Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa estória deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre "fio-terra". Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: "sagacidade de escadas." Em francês: esprit de l'escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa....

Enquanto você desce as escadas, então - mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer... melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d'água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nais quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmão no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.

Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás... mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então... eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.

Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d'água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o qual nem os franceses falam.

Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos "Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça...," os russos dizem, "Preciso disso como preciso de dentes no meu cú......

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga... mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, "Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque." E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim....

Precisava disso como precisaria de dentes no cú.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, "Aquela porra daquele cachorro era maluco."

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, "Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo...."

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você. Agora você pode respirar.

Eu ainda não.

Sim, essa história é baseada em um fato real. Apesar de nojenta, ela me passou uma mensagem interessante.
O que pode acontecer se você deixar seus intintos, suas vontades, falarem mais alto do que a razão.

ella, ella, ê, ê, ê






Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escola
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade.

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e seqüestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda hipocrisia e toda afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã.

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão.

Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso - com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção.

Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão.

Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera -
Nosso futuro recomeça:

Venha, que o que vem é perfeição



Homenagem à uma das pessoas mais fodas que já viveu no Brasil.
Seja por sua composição,
por sua música, por sua personalidade,
ou por diversas outras qualidades
e defeitos que tinha o nosso amado Renato Russo.

Essa noite eu tive um sonho MUITO bizarro. Mas realmente muito bizarro.
Não lembro totalmente, mas devia ser algo muito bisonho. Mas vou contar a parte que eu lembro.
Estava eu, meu primo e alguns amigos. Nós estávamos indo pra algum lugar (não lembro onde), só lembro que tinha que atravessar uma avenida muito movimentada. Da forma que tava não tinha como atravessar, tava passando MUITOS carros por segundo. Aí, eu, tive a idéia genial "vamos ali mais pra cima onde passam menos carros por segundo (sinceramente não sei pq), e atravessamos". Fizemos isso, chegamos em algum lugar que não lembro e estávamos voltando. A partir daí lembro de tudo.
Nós estavamos na mesma avenida movimentada. A mesma movimentação de carros anterior, mas dessa vez foi muito mais idiota. Parou um carro, tipo um pajero com um monte de gente que disse em coral "podem desistir.". Essa cena foi realmente muito escrota, porque eles pararam NO MEIO da avenida e falaram isso.
Outra coisa que eu percebi era que todos os carros iam no mesmo sentido, apesar de ter duas mãos. Mas isso é irrelevante.
Bom, mas de repente, todo o movimento parou. Aí atravessamos, quando estavamos chegando em casa, haviam vários prédios na rua e meu primo decidiu fazer uma daquelas "brincadeiras" muito comuns quando somos crianças. Tipo apertar campainha e sair correndo, etc. Mas essa era meio estranha.
Eu tava querendo chegar em casa logo, mas vi que ele tinha parado. Embora não tenha conseguido ver direito, o que me pareceu era que ele tinha posto uma CUECA na caixa de correio do prédio. Mas também lembro dele ter dito algo tipo "ah, agora essa caixa de correio vai ficar pesada!". E pelo jeito ele não tinha visto que tinham duas pessoas lá: uma velha e aqueles velhos gordos que normalmente são metidos a marrento.
E ele fez isso em outra casa. Eu tava RACHANDO o bico imaginando como os dois velhos estariam. Aí eu, da entrada do meu prédio (não tinha nada a ver com o prédio que mora atualmente, pelo menos não pela entrada, nem a rua eu reconheço), vi ele na frente da casa de novo. Aparentemente dialogando com os velhos.
Espiando né, pra eles não perceberem que tenho alguma relação com ele. Mas de alguma forma o velho tinha uma visão muito boa que me percebeu, e tava com uma câmera fotográfica na mão, aí eu pensei "FUDEU, ele vai denunciar eu e meu primo (não sei o crime, mas blz)".
A(s) outra(s) pessoa(s) que tava comigo e com meu primo já tinham subido. Nisso fui chamar o elevador pra ir antes que os velhos viessem me encher o saco.
Mas eu morava no 20! PORRA. Porque no 20? QUE PREDIO tem 20 andares? Caralho! É lógico que não ia dar tempo do elevador chegar!
Aí chegaram os velhos. Antes que pudessem falar alguma coisa, eu tomei a iniciativa:
"Ah, eu já sabia que vocês iam vir. Façam suas perguntas logo, estou com pressa." - nisso o elevador chega, e eu fingindo uma pressa pra subir logo.
A velha disse "é, estou vendo."
O velho disse "Não. Eu não tenho pressa." - e levantou um pedaço de pau que ele tava na mão. "E tenho um monte de perguntas pra fazer pra você".
Mesmo eu fazendo jiu jitsu, karate, judo, aikido, saikieudo, ninjutsu, técnicas avançadas de monster kill, eu decidi concordar porque eu não iria bater num velho, né... (ahã). Aí mesmo sem apertar botão nenhum do elevador nem nada, chegamos na frente do meu apartamento de alguma forma.
O apartamento era IDÊNTICO ao que eu moro hoje. Todos os móveis no mesmo lugar, as mesmas cores, mesmo tamanho etc. Eu liguei a TV, fiquei do lado dela - eles estavam um pouco mais à frente, tipo a uns 15 metros de distância - e comecei perguntando: "Onde tá meu primo?"
Ele disse "Mandei ele pra *insira um nome feminino típico de cidades aqui"
Aí eu "Que porra é essa?", e tava pensando que era alguma cidade do interior ou sei lá.
O velho: "É o inferno na terra. Ele vai virar mulherzinha lá". Logo percebi que era uma espécie de prisão e fiquei INDIGNADO. Eu falei "Porra, você só pode estar brincando comigo.". Ele não respondeu, o que me fez pensar que era realmente verdade (perceba que a velha está ali só de figurante).
Nisso eu me indignei MESMO. Desliguei a televisão, tranquei ela com uma chave que ficava ali perto dos botões... (WTF, UMA CHAVE NA TV???? PRA QUE?) e disse "Se isso for verdade, tu vai morrer aqui mesmo, velho filho da puta" e fui pra cozinha pegar um facão.
Nisso o pedaço de pau do velho cresceu tipo, uns 10 metros, e ele tava me batendo na cabeça. Não doía nada, mas eu disse "Para seu porra", ele não parecia estar com medo de morrer sei lá porque. Eu só lembro que peguei o facão e parti pra cima: nisso eu acordei.
QUE MERDA! Eu ia saber como eu era matar uma pessoa, de verdade! Eu tava muito indignado, e com certeza ia realmente matar. Os sonhos sempre terminam nas melhores horas.

[offtopic]Show do helloween lá no nordeste hoje XD *só postou isso porque o sten pediu*[/offtopic], viu sten? Comentei sobre o show do helloween.

Au revoir



RIDICULO
RI-DI-CU-LO

Não são humanos, não podem ser.

Até onde essa violência gratuita RIDÍCULA vai continuar contra os "emos"? Bando de alienados BITOLADOS FILHOS DA PUTA

APOCALISPISSE

Omg! Será isso o início do fim do mundo? Aquecimento global? Milhões de peidos bovinos simultâneos? O http://www.worldjumpday.org/ finalmente conseguiu ter sucesso, e está começando a tirar o planeta de órbita? Bom, isso eu não sei, e sinceramente nem procurar me informar. Porque uma coisa que eu sempre tive curiosidade de saber como é NÃO ACONTECEU AQUI! WAAAAH
Teve um tremor! Abalo sísmico! TERREMOTO! EARTHQUAKE! RUN FOR YOUR LIVEEEEEES
Mas só aconteceu em SP, RJ e Curitiba, PORRA!
FUUUUUUUCK
Ainda não me conformo com essa injustiça da natureza!
Como eu queria ter sentido um tremor e poder ir pro msn e falar pras pessoas que moram perto de mim "CARA VC VIU ESSE TREMOR? UOOOOOOU!"
Mas não... o máximo que dá aqui é um trovãozinho pra que eu possa falar no outro dia pros meus colegas "cara, faltou luz na sua casa também? uoooou..."
Fora isso tá tudo a mesma tristeza ;_; eu longe da rafa, ela longe de mim, e eu perto desse PC, dessa ociosidade e desse colégio chato!
Vou ter que arranjar algo pra fazer sexta feira porque vai vir uma diarista limpar aqui e ela quer a casa vazia (igigente...), vou ver se alguns colegas meus não querem comer comida japonesa *-* comer com a rafa alimentou novamente minha sede de comer i_i é bom
Qualquer coisa me contento com a tradicional pizza/subway
Au revoir

Ah... Aqui estou eu, novamente. Sufocado, e com aquela sensação ruim.
Sempre é ruim, mas ontem foi um pouco pior (talvez até melhor).
Meu pai ligou pra lá, dizendo que talvez meu tio pudesse me buscar. Tudo bem, eu iria de carro, melhor que de ônibus. Como normalmente eu pegava o ônibus das 2, qualquer coisa que fosse mais tarde que isso já tava bom. Aí, esperando a ligação do meu tio, lá pelas 2 fomos almoçar em um restaurante. A comida tava boa e tudo... E cada segundo era como uma fagulha aumentando minha esperança de ficar lá, pelo menos mais um dia. E os segundos iam passando, nós não conseguíamos ligar pra eles nem eles ligavam pra nós, e eu achando que iamos ficar lá mais um dia.
Mas, depois de voltarmos pra casa, toca a minha marcha fúnebre: o toque do celular. E é meu tio marcando o lugar. Embora isso abaixasse minhas chances de ficar lá pra 0,1%, eu ainda tinha alguma esperança.
E passou tempo pra caramba... Eram umas 5 horas quando ele ligou de novo. E disse que minha irmã tava junto. Aí já era, não tinha mais chance de eu ficar.
Entrei no carro como um condenado à guilhotina. E fui indo, escondendo toda a minha tristeza pra não aumentar a da rafa. E fui, até que me despedi e entrei no carro do meu tio. E lá me fui, pra casa... Era pra eu chegar aproximadamente umas 9:30, mas como choveu MUITO e meu tio se perdeu um pouco, chegamos 11 horas, aí eu fui dormir direto.
É como dizem, tudo o que é bom dura pouco.

Postagens mais antigas